14.07.20 -
Mesmo com os argumentos apresentados pela Amesne, juntamente com a CICS Serra, Corede e UCS, o Governo do Estado manteve a classificação preliminar e anunciou na tarde de segunda-feira, 13 de julho, que a Região terá de adotar os protocolos de Bandeira Vermelha até o dia 20 de julho.
O governador, Eduardo Leite, confirmou o aumento das restrições às atividades econômicas, principalmente para os setores do Comércio e Serviços.
A Região de Caxias do Sul apresentou piora em um indicador de propagação da Covid-19 e melhora em outros 3. O que pesou para a região ir para Bandeira Vermelha foi a piora nos indicadores de Capacidade de Atendimento do Estado.
Pela primeira vez desde que o modelo de Distanciamento Controlado no Estado iniciou o governador falou na possibilidade de lockdown (confinamento total).
"Só partimos para medidas mais restritivas à circulação de pessoas quando isso se apresentar como inevitável, mas não deixamos ou deixaremos de tomá-las quando se fizerem necessárias. Não temos medo de optar pelo lockdown, mas não o faremos, visto que estaríamos impondo um sacrifício maior do que o necessário aos gaúchos e gaúchas, que perderão muito se chegarmos a esse ponto", afirmou Leite.
Mudança nos protocolos para o comércio
A pedido de diversas regiões, foi feita uma mudança no protocolo da bandeira vermelha para o funcionamento do comércio varejista não essencial, passando a ser autorizado os formatos pegue e leve (take away) e o drive-thru, além do e-commerce que já estava permitido.
Recurso da Serra
No recurso encaminhado, a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste apontou a queda das hospitalizações e de leitos de UTI ocupados.
Além disso, o documento também indicou a evolução da recuperação de pacientes. Também consta que, segundo a metodologia oficial, o número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias difere do número utilizado para definição da bandeira regional.
Ainda é salientado que, na conferência da base de dados, verificaram um erro de informação lançada no sistema, sendo que 240 registros estão lançados pelos municípios como "curados", porém, por um erro de digitação, sem data de evolução informada (ou seja, aparecem ainda como doentes). Em função dessa divergência é alegado que houve prejuízo na análise.
