16.01.10 -
Morreu na noite de sexta-feira, 15 de janeiro, o presidente do Sistema Fecomércio do Rio Grande do Sul, Flávio Sabbadini, 61 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Rita, na Capital, desde segunda-feira, para tratamento contra câncer.
O terceiro mandato de Sabbadini à frente da entidade - que reúne Sesc e Senac - terminaria em julho. Atualmente, o dirigente também era vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Nascido em Santa Maria, morava havia mais de 30 anos em Gravataí, onde mantinha suas atividades empresariais. Entre 2005 e 2006, presidiu o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS), do qual integrava o conselho de administração.
A morte de Sabbadini repercutiu com força no meio empresarial gaúcho. O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, havia tentado falar com Sabbadini na manhã desta sexta. Queria saber como ele estava, mas não conseguiu contato. "Já sabia que ele vinha enfrentando momento difícil, mas não pensei que, de uma hora para outra, isso pudesse ocorrer. Eu perco um amigo, um companheiro, um parceiro. E o Estado perde um lutador", disse Tigre.
O presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), José Paulo Cairoli, ressaltou a liderança de Sabbadini ao congregar os sindicatos do comércio em uma única entidade. "Ele uniu toda uma categoria. Foi um líder presente nos movimentos necessários para construirmos um Rio Grande melhor".
Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Sabbadini tinha entre suas bandeiras à frente da entidade a redução da carga tributária. Em 2004, já presidente da Fecomércio, participou da campanha "Você paga imposto em tudo", que tinha a finalidade de mostrar para a população o peso dos tributos nos produtos consumidos no dia a dia.
Ao tomar posse para o terceiro mandato, em julho de 2007, defendeu a descentralização das atividades da Fecomércio-RS, para ampliar a presença nos 496 municípios gaúchos. Também sugeriu mudanças no modelo da previdência social, para torná-la mais justa, reduzindo o tratamento entre os servidores públicos e empregados da iniciativa privada. O empresário também era crítico da elevada taxa de juro que os brasileiros vinham pagando nos últimos anos.
Fonte: www.zerohora.com