25.05.10 -
Brasileiro trabalha 148 dias por ano somente para pagar impostos
Para chamar a atenção dos consumidores e lojistas garibaldenses, a CDL Jovem, com apoio da CIC e da CDL, está divulgando o Dia da Liberdade de Impostos, através de cartazes que apresentam o percentual de imposto incidente sobre cada produto.
A ação foi criada pela Associação Classe Média (Aclame) e representa a data em que os brasileiros "param de pagar impostos". De acordo com cálculos da entidade, o valor médio recebido pelo trabalho de cerca de cinco meses é o equivalente ao que cada cidadão paga de taxas todo o ano, uma média próxima a 40% dos seus vencimentos.
Apesar do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) confirmar que o contribuinte brasileiro trabalha até o dia 28 de maio, somente para pagar os tributos (impostos, taxas e contribuições) exigidos pelos governos federal, estadual e municipal, o Brasil decidiu pela data de 25 de maio para se manifestar contra os altos tributos cobrados pelo governo.
"Os lojistas buscam a redução da carga tributária imposta aos consumidores brasileiros, que diminui significativamente sua capacidade de consumo, sendo há muito tempo causa da lentidão no crescimento do PIB", diz o presidente da FCDL-RS, Vítor Augusto Koch.
Só para quitar os tributos (impostos, taxas e contribuições) com o governo, o brasileiro trabalha 148 dias. Nos Estados Unidos, são 102 dias trabalhados para quitar os impostos. Na Argentina, 97 dias; no Chile, 92 e no México, 91 dias por ano.
"Não somos contra os impostos. Queremos é despertar a consciência da população para o quanto realmente pagamos de imposto - que está embutido em todos os produtos e serviços que compramos e utilizamos - e como este dinheiro é mal aplicado, isso quando é!", explica o presidente da Aclame, Fernando Bertuol.
Ele entende que os lojistas podem desempenhar o papel mais importante do processo junto ao seu consumidor. Afirma que é só atender ao que está na Constituição do Brasil, artigo 150 parágrafo 5º: "O Governo determinará meios para que a população seja informada dos tributos embutidos nos preços dos produtos e serviços."
Evolução - Em 2003, do seu rendimento bruto o contribuinte brasileiro teve que destinar em média 36,98% para pagar a tributação sobre os rendimentos, consumo, patrimônio e outros. Em 2004, comprometeu 37,81%, em 2005 destinou 38,35%, em 2006 destinou 39,72%. Em 2007 comprometeu 40,01%, em 2008 destinou 40,51%, em 2009 comprometeu 40,15% e em 2010 destinará 40,54% do seu rendimento bruto para pagar impostos.
