Câmara de Dirigentes Lojistas de Garibaldi

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29.01.14 -

Apesar de ser favorável a medida, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) avalia que a obrigatoriedade de colocação de avisos alertando o consumidor sobre os problemas do superendividamento estão ainda pouco claras para os empresários.
Segundo a norma, a publicidade dos produtos de crédito deverá envolver elementos e processos que orientem o uso responsável do serviço. Para a entidade, a iniciativa é positiva, mas é preciso verificar o como as mensagens serão veiculadas na prática.
"A FCDL já vem há alguns anos em plena campanha junto aos consumidores a favor do que chamamos de endividamento consciente. Espera-se que os bancos sigam essa proposta, ao mesmo tempo em que tomem iniciativas realmente importantes para promover o crédito saudável", explica o presidente da entidade, Vitor Augusto Koch.
Assim como acontece com as propagandas de cigarros e remédios, a publicidade relacionada a crédito bancário também será acompanhada de uma mensagem em 2014. O alerta chamará a atenção para os riscos do superendividamento. A medida faz parte de um normativo sobre crédito responsável elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em novembro do ano passado. A medida entrou em vigor no início de 2014.
A FCDL-RS acredita que outras questões devem ser avaliadas. A entidade considera inconcebível, por exemplo, que o sistema financeiro continue operando com as taxas de crédito ao consumidor mais elevadas do mundo, seja no cheque especial, cartão de crédito ou empréstimo pessoal.
"Entendemos que restringir empréstimos a quem não tem capacidade de pagamento é uma necessidade, mas isso deve obedecer a critérios bem definidos, como grau de comprometimento comprovado da renda pessoal e histórico de inadimplência", ressalta o presidente.
A entidade varejista do Rio Grande do Sul apoiará as ações dos bancos em favor do crédito consciente, pois acredita ser importante informar o consumidor sobre o assunto, para que ele possa organizar suas finanças. Ainda assim, é preciso estabelecer regras mais claras em relação aos empréstimos.