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07.05.14 -

A 36 dias para o início da Copa do Mundo da Fifa 2014, no Brasil, a convocação da seleção brasileira movimentou de uma maneira diferente as notícias a respeito do maior evento do futebol. Gastos públicos exorbitantes com estádios, obras de infraestrutura que não ficarão prontos até a Copa e o medo de novas manifestações violentas rondavam as manchetes dos meios de comunicação. 
Diante deste cenário e das frustradas expectativas de uma mudança radical no cenário nacional, o ânimo dos empresários também foi afetado. Mais do que isso, a preocupação com o pós-Copa também já rondam as agendas de diversos setores. "O maior desafio que temos na região é fazer com que os turistas que estiverem em Porto Alegre, para assistirem a um dos cinco jogos do mundial, visitem a Serra, principalmente a Região Uva e Vinho", destaca a turismóloga e Especialista em Marketing e Gestão de Pessoas, Cristiane Viel.
Ela esteve na CIC para palestrar durante a Quarta Empreendedora de 7 de maio. De acordo com dados da Embratur, são esperados 600 mil turistas estrangeiros no país para o período da Copa. Destes, 50 mil devem circular pelo Rio Grande do Sul. "Se somados aos brasileiros que irão se deslocar nos 30 dias de evento, a expectativa é de que mais de 3,6 milhões de pessoas viagem pelo Brasil", salientou.
Para ela, um dos maiores legados que a Copa da Fifa vai deixar será a qualificação da mão-de-obra, através de diversos programas que estão sendo oferecidos. Segundo Cristiane, os próprios investimentos que estavam no caderno de encargos, mesmo que não fiquem prontos a tempo, serão concluídos depois e também irão ficar como benefício para os brasileiros.
Durante a palestra, apresentou alguns dados referentes a Copa, como o investimento que chegará a R$ 33 bilhões. "As projeções indicam que o Mundial deve agregar R$ 183 bilhões ao PIB brasileiro até o final de 2019 e R$ 9,4 bilhões de receita adicional gerada com o turismo". Porém, alerta a consultora em turismo, que a possibilidade da repetição de manifestações violentas, como as registradas no ano passado durante a Copa das Confederações, podem afastar os turistas.
Cristiane ainda enfatizou que os estabelecimentos comerciais devem aproveitar o período da Copa para realizar ações diferenciadas, além de chamar a atenção de seus clientes com decorações especiais e os turistas com artigos e temas regionais. "Não se pode esquecer do atendimento. Colaboradores preparados podem fazer a diferença. Mas atenção: para lidar com atendimento, é preciso gostar de gente", alertou.