08.07.15 -
A motivação para a vida e o trabalho, a superação de desafios e obstáculos e a necessidade de quebrar paradigmas e inovar nortearam a palestra do professor, Adroaldo Lamaison, promovida pela CIC, CDL e ADCE. O auditório da CIC recebeu mais de 200 pessoas para o evento realizado na noite de terça-feira, 7 de julho.
Falando sobre a atual situação do Brasil, Lamaison lembrou a importância de se tirar lições em momentos de crise e turbulências. "Mar calmo não forma bons marinheiros", resumiu. Com experiência nas áreas de recursos humanos e marketing, ele também destacou o papel de liderança nessas situações. "O líder deve passar positivismo e entusiasmo para sua equipe e não ficar chorando. Em meio a tempestades o líder não pode desanimar".
Com mensagens bem humoradas e práticas, intercaladas por canções de própria autoria, enfatizou o poder do entusiasmo, a importância do comprometimento e da união, além da valorização do trabalho e do bom atendimento aos clientes.
"Em tempos de crise, a solução é a união. Converse com as pessoas, entenda o que elas precisam. É triste ver uma organização em que uma rema para um lado e o outro para o outro. Só a união faz com que todos superem esses momentos".
Chamou a atenção do público para a necessidade de surpreender as pessoas. "Dê o melhor de você, faça tudo com o coração. Se suas energias forem boas, elas voltam. Se elas forem ruins, elas voltam também. Ser útil dá sentido à vida".
E também deixou recados importantes para quem lidera: "A maior qualidade é saber lidar com as pessoas e não somente gerenciar os negócios. É preciso valorizar e ouvir as pessoas. Um líder não é aquele que só sabe criticar, mas nunca elogia quando o funcionário merece. Acabou o tempo da escravidão quando era preciso controlar as pessoas sob a escudo do medo".
A quebra de paradigmas e a inovação também tiveram espaço relevante na palestra. O professor disse que existem expressões que levam as empresas a jogarem fora o seu futuro. "Sempre foi assim e tem de ser assim", salientou, são duas delas. Segundo ele, as empresas têm começo, meio e fim e, geralmente, as mudanças somente são avaliadas quando o ciclo das empresas estão no fim.
"É fundamental criar uma cultura de inovação. O processo de mudar e inovar deve ser permanente". Ex-sacerdote da Cogregação Palotina, Lamaison disse que o exemplo do Papa Francisco deve servir a todas as empresas. "Tudo pode mudar. Não é fácil quebrar paradigmas, mas, até a Igreja Católica está mudando".
"O que tem de castradores de mudança nas empresas é impressionante. E muitas vezes é o próprio dono que faz isso. E não importa o tamanho das empresas. Por isso é preciso ter a mente aberta'.
Para ele, o que não pode mais existir é aquela pessoa que torce para que a empresa vá mal, torce para a cidade ir mal e não fazem nada para melhorar. "Estão sempre reclamando, são pessimistas, desconfiadas, negativas, individualistas e arrogantes. Estão sempre de mal com a vida", qualificou.