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17.09.15 -

No acumulado dos últimos oito meses, a inadimplência apresentou alta de 16,9% em comparação ao mesmo período de 2014, segundo a Serasa Experian. A dificuldade de manter as contas em dia bateu à porta de 54 milhões de brasileiros, de um universo de 140 milhões de adultos pesquisados. Durante o "Tá na Mesa", promovido pela Federasul, na quarta-feira, dia 16 de setembro, o presidente da instituição José Luiz Rossi revelou que o setor de varejo é o que mais concentrou endividados e apontou o desemprego como o principal fator do crescimento do número, aliado ao comportamento das pessoas que não possuem estímulos para praticar a educação financeira.
Ao apresentar o tema "Cenário Econômico e perspectivas", Rossi enfatizou que o atual desajuste da economia pessoal acontece em função de um componente estrutural. Explicou ainda que para compreender a relação dos brasileiros com as suas finanças é preciso analisar três itens, sendo eles, o conhecimento, a atitude e o comportamento. "Nem sempre o desejo é compatível com o poder de compra. Observamos que é no último quesito que a média nacional despenca e a nota dos brasileiros fica na casa dos seis pontos", destacou o presidente ao argumentar que para superar a atual média é preciso mais investimento em educação financeira.
Em recente pesquisa, o Serasa Experian descobriu que as pessoas não possuem conhecimento de quanto devem no início de cada mês. Os maiores índices de inadimplência estão no setor do varejo, seguindo das telecomunicações e em terceiro aparece o crescente endividamento com os bancos. "O mercado de crédito forte possibilita às pessoas evoluírem e contribui no combate à recessão e à inadimplência", defendeu Rossi ao apontar o crédito responsável como um instrumento de promoção pessoal.
Como mecanismo para reduzir o endividamento, a instituição lançou o portal "Limpa o nome online" para aqueles que avaliam constrangedor fazer uma proposta de negociação pessoalmente. Até o momento mais de 5 milhões de pessoas estão cadastradas no serviço que é considerado ágil, impessoal e com menor exposição.
Ao defender a ampliação do cadastro positivo, Rossi explicou que nos 40 países em que a Serasa Experian está presente, 84% possui o serviço implementado. Com ele é possível ter acesso à evolução do consumidor e gerar benefícios de acordo com a renda de cada pessoa. "No Brasil tem uma legislação em que é preciso manifestar o interesse pela inscrição", completou, ao justificar que com o cadastro é possível ter um raio-x da situação dos financiamentos, dos créditos pessoais e empréstimos.

Fonte: Federasul