Câmara de Dirigentes Lojistas de Garibaldi

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19.04.16 -

O varejo gaúcho registrou uma queda de 6,70% nas vendas no mês de fevereiro. Se por um lado, é um dado negativo, o prejuízo é amenizado considerando que depois de 7 meses, foi o primeiro resultado a não registrar queda de dois dígitos. O segmento mais afetado no volume de vendas segue sendo o de veículos, motos, partes e peças, seguido de equipamentos para escritório, informática e comunicação. O setor de material de construção registrou alta de 2,06% na comparação com fevereiro de 2015, o que pode ser comemorador porque há muitos meses os índices vinham sendo negativos. Outro segmento que teve números positivos foi o de móveis, que teve alta de 2,21% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

"Houve um momento que a economia chegou ao fundo do poço. Logicamente não devemos comemorar, mas são números que aliviam um pouco a situação que não é boa", afirmou o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

Uma das novidades presentes no balanço mensal apresentado pela FCDL-RS foi a queda da inflação por motivos especulativos em conjunto com aprofundamento recessivo. Conforme o previsto, o IPCA registrou forte queda em março marcando 0,43%.

A inadimplência em fevereiro registrou ligeira alta centrada na modalidade de "recursos livres". O destaque fica para queda de quase 4 pontos percentuais para o rotativo dos cartões de crédito, que pode estar associado à negociações com os devedores na conta passiva de prejuízo ao invés de créditos a receber. Os juros continuam em alta, especialmente os de cartão de crédito que atingem 447,52% ao ano.

Indicadores nacionais mostram que o Brasil só deve retomar o superávit primário (sem contar juros e amortização da dívida pública), em 2020 de acordo com projeção do FMI. Em relação à moeda estrangeira, a expectativa é de que em abril, siga uma tendência de queda do dólar pelos fatores especulativos. A queda acentuada de consumo deve continuar aumentando volume de estoques nas lojas e indústrias.

Fonte: FCDL-RS